quarta-feira, 17 de maio de 2017

OS ANIMAIS NO PLANO ESPIRITUAL- A REENCARNAÇÃO

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Em O Livro dos Espíritos, encontramos a seguinte questão que Kardec coloca aos espíritos: - O que é a alma (entenda-se humana) nos intervalos das encarnações?

R – “Espírito errante, que aspira a um novo destino e o espera”.

Nas questões que se seguem, lemos também a expressão “estado errante”.

Um dos significados da palavra errante, no dicionário de Caldas Aulete é “nômade, sem domicílio fixo”, e de errar, é “vaguear” (errando ao acaso...).

Por sua vez, erraticidade, o mesmo que erratibilidade, quer dizer: “caráter do que é errático. (Espir.) Estado dos espíritos durante os intervalos de suas encarnações”.

Bem, chegando aos animais, surge a natural curiosidade de se saber como o seu espírito se comporta na erraticidade, se é que para eles existe erraticidade.

No Livro dos Espíritos lemos “ – A alma do animal sobrevivendo ao corpo, fica num estado errante,como a do homem após a morte?
R – “Fica numa espécie de erraticidade, pois não está unida a um corpo. Mas não é um espírito errante. O espírito errante é um ser que pensa e age por sua livre vontade; o dos animais não tem a mesma faculdade. É a consciência de si mesmo que constitui o atributo principal do espírito. O espírito do animal é classificado após a morte, pelos espíritos incumbidos disso, e utilizado quase imediatamente: não dispõe de tempo para se por em relação com outras criaturas”.
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Bem, vamos por partes! Algumas pessoas entendem, a partir desse texto,que os animais, assim que desencarnam, são prontamente reconduzidos à reencarnação.A expressão “utilizado quase imediatamente” não necessariamente deve ter esse significado. O espírito
do animal pode ser prontamente “utilizado ”para uma infinidade de situações, dentre elas, inclusive, o reencarne, e então, em todas elas, “não dispõe de tempo para se por em relação com outras criaturas”. Entendo que os animais, sendo conduzidos por espíritos
humanos, não dispõem de tempo livre, digamos assim, para se relacionarem com outras criaturas, ou fazer o que quiserem, a seu bel-prazer mas,sim da maneira como decidiram seus orientadores. Aliás, é o que sugere o texto em foco “O Espírito errante é um ser que pensa e age por sua livre vontade;o dos animais não tem a mesma faculdade”.

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Em O Livro dos Médiuns, Kardec trata da possibilidade da evocação de animais e pergunta aos espíritos:
“ – Pode-se evocar o Espírito de um animal?”.
R: “– O princípio inteligente, que animava um animal,fica em estado latente após a sua morte. Os espíritos encarregados deste trabalho, imediatamente o utilizam para animar outros seres, através das quais continuará o processo de sua elaboração. 

Assim, no mundo dos espíritos, não há espíritos errantes de animais, mas somente espíritos humanos...” Herculano Pires, tradutor da obra, faz a seguinte chamada em rodapé: “Espíritos errantes são os que aguardavam nova encarnação terrena (humana) mesmo que já estejam bastante elevados. São errantes porque estão na erraticidade, não se tendo fixado ainda em plano superior. Os espíritos de animais, mesmo dos animais superiores, não tem essa condição. Ler na Revista Espírita nº 7 de julho/1860, as comunicações
do espírito Charlet e a crítica de Kardec a respeito. 

Apesar da colocação dos espíritos ter sido taxativa, de que não há espíritos errantes de animais, os fatos falam ao contrário. Se assim fosse, isto é, se não existissem animais (desencarnados) no plano espiritual, como explicaríamos tantos relatos? Como explicaríamos a existência dos chamados “espíritos
da natureza?”. Ernesto Bozzano, em Os animais têm alma? refere, dentre os 130 casos de fenômenos supranormais com animais, dezenas de episódios com aparição de bichos
em lugares assombrados, com materialização e visão com identificação de fantasmas de animais mortos. Novamente, em O Livro dos Espíritos, lemos “Nos mundos superiores, a reencarnação é quase imediata”. Se é assim a reencarnação dos espíritos mais evoluídos, 
seria até de se esperar que os espíritos de animais, sendo mais primitivos, demorassem mais tempo para voltar à matéria. Entretanto, nada conheço
de conclusivo sobre esta questão.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

OS ANIMAIS NO PLANO ESPIRITUAL


UMA ANÁLISE SOBRE COMO OCORRE O PROCESSO EVOLUTIVO

E REENCARNATÓRIO NO REINO ANIMAL



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Na literatura espírita, encontramos com bastante freqüência alusões a figuras de animais no plano espiritual. Por exemplo, Hermínio C. Miranda, em Diálogo com as Sombras, descreve o “dirigente das trevas” como sendo visto quase sempre montado em animais.


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Brota imediatamente em nossa mente a pergunta:

Qual a natureza desses animais?

Também André Luiz refere-se, em suas obras, a cães puxando espécies de “trenós” (livro Nosso Lar), aves de monstruosa configuração (Obreiros da Vida Eterna), e assim por diante. Realmente, identificar a natureza dessas figuras de animais no plano espiritual não é tarefa fácil. Alguns casos são de mais direto entendimento.

Assim, em A Gênese lê-se que “o pensamento do Espírito cria fluidicamente os objetos dos quais tem o hábito de se servir; um avaro manejará o ouro..., um trabalhador o seu arado e seus bois...”

Esses bois, portanto, não são animais propriamente ditos, mas, criações fluídicas, formas-pensamento. Em outras situações, em que são vistos animais ou sentido a sua presença, existe também a possibilidade de que sejam, mesmo, perispíritos de animais ou, se quisermos assim dizer, animais desencarnados.

Digo animais desencarnados mas, haveria ainda a hipótese de serem também animais encarnados, em “desdobramento” (viagem astral), estando então seu espírito e perispírito desprendidos do corpo físico, por exemplo, durante o sono.

Mas, o espírito Álvaro esclareceu-nos, dentre muitas outras questões, que “os animais quando encarnados possuem raros desprendimentos espirituais, isso acontecendo apenas em casos de doenças, fase terminal da existência ou em casos excepcionais com a atuação dos espíritos, pois geralmente permanecem fortemente ligados à matéria”.

Esta possibilidade de explicação da presença de animais no plano espiritual, de modo particular os animais desencarnados, me parece lógica e portanto, aceitável.

O nosso prezado confrade Divaldo Pereira Franco contou-me, certa feita, que há alguns anos, esteve em determinada cidade brasileira, para uma conferência e, ao ser recebido na casa que iria hospedá-lo, assustou-se com um cachorro grande, que lhe pulou no peito. 

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A anfitriã percebeu-lhe a reação:

- O que foi, Divaldo?

- Foi o cachorro, mas está tudo bem!

- Que cachorro, Divaldo, aqui não tem cachorro

nenhum!

- Tem sim, esse pastor aí!

- Divaldo, eu tive um cão da raça pastor alemão,mas ele morreu há um ano e meio!

E Divaldo concluiu: - era um cão espiritual!

Segundo o meu entendimento, é possível e até muito provável que esse cão desencarnado ainda estivesse por ali, no ambiente doméstico que o acolheu por muitos anos, tendo sua presença sido detectada pela mediunidade de Divaldo Franco.

Não posso deixar de referir, novamente, a obra magnífica Os Animais tem Alma?, de Ernesto Bozzano, que recomendo para leitura e aprendizado sobre o assunto, porque dos 130 casos descritos, de manifestações metapsíquicas envolvendo animais, muitos estão inseridos nesta categoria de fenômenos, ou seja, em que animais, pela atuação de seu perispírito são vistos e ouvidos ou sentido sua presença.

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Herculano Pires também comenta a respeito de “casos impressionantes de materialização de animais, em sessões experimentais”, em seu livro Mediunidade.

Vida e Comunicação, do que se presume que esses animais se encontravam previamente na dimensão espiritual.Uma terceira possibilidade que vejo, em relação à presença de figuras animais no plano espiritual é a de perispíritos humanos se encontrarem metamorfoseados em formas animais, sem contudo, perderem a sua condição de espíritos humanos, é claro! É o fenômeno que se conhece com o nome de zoantropia

(zôo = animal e antropos, do grego = homem), do qual uma variedade é a licantropia (lycos, do grego = lobo).

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Temos o relato de um caso de licantropia no livro Libertação, de André Luiz. O obsessor, desencarnado, encontra a sua “vítima”, uma mulher, e conhecendo- lhe a fragilidade sustentada por um complexo de culpa, passa a acusá-la cruelmente, e conclui

“ – A sentença está lavrada por si mesma! Não passa de uma loba, de uma loba, de uma loba...”. E assim, induzida hipnoticamente, sua própria mente vai comandando a metamorfose de seu perispírito que, aos poucos e gradativamente se modifica, assumindo por fim, a figura de uma loba. Diga-se de passagem, não foi o obsessor que diretamente transformou a sua figura humana, em loba. Foi ela mesma, ao aceitar a sugestão mental que partiu dele. Afinidade e sintonia são o elementos básicos para o estabelecimento do “pensamento de aceitação ou adesão”, conforme explica André Luiz em Mecanismos da Mediunidade.

E por falar em perispírito de animais, em A Evolução Anímica, Gabriel Delanne comenta (resumidamente), que na formação da criatura vivente, a vida não fornece como contingente senão a matéria irritável do protoplasma e nada se lhe encontra que indique o nascimento de um ser ou outro, de vez que a sua composição é sempre uma e única para todos. É o perispírito, que contém o desenho prévio e que conduzirá o novo organismo ao lugar na escala morfológica, segundo o grau de sua evolução.


Continua >>>>>>A reencarnação



Fonte:Extraído do livro A questão espiritual dos animais